Depois de vivermos a nossa casa, percebemos a importância da rua… Porque é que as crianças precisam de rua? De que forma diferente poderemos voltar a brincar na rua? Com este vírus, o que vai ser preciso reinventar nas ruas e na cidades? Qual a importância do brincar, especialmente neste momento?
Uma conversa arrebatadora com Carlos Neto, professor e investigador da Faculdade de Motricidade Humana (FMH) da Universidade de Lisboa. Na sua vasta experiência, Carlos Neto foi também fundador da Sociedade de Educação Física, membro de diversas revistas científicas e autor de alguns livros, entre eles “Jogo e Desenvolvimento da Criança” ou “Motricidade e Jogo na Infância”.
Para Carlos Neto, “é tempo de decretar o estado de emergência na infância em tempo de pandemia. Quando for possível, no regresso às escolas será necessário devolver a possibilidade de tempo e espaço para brincar na rua, no bairro, na cidade e também em casa, democratizando o tempo de ser ativo e brincar sem formação ou calendário a cumprir. Temos de sair para a rua para tratar da saúde física e mental. Vamos criar contextos ao ar livre e retomar a rua como um espaço de autonomia, mobilidade, risco, cooperação e de sermos capaz de nos encontrarmos novamente.”
“A melhor vacina que podemos ter é o brincar. É óbvio que temos de ter algumas regras, mas não é preciso ter uma visão obsessiva de estarmos a limitar crianças na sua expressividade e corporalidade. Devemos dar aso à liberdade, exploração, aventura, descoberta, a situações inabituais de risco e deixar que sejam as crianças a mostrar como deve ser a vida, a escola, a humanidade e o futuro.”
Voltar a brincar na rua
Se não conseguiste assistir a esta sessão (in)formativa, partilhamos a gravação:
Depois da PLAYtalk, o prof. Carlos Neto participou numa 2º sessão, de perguntas e respostas. Se não conseguiste assistir partilhamos também a gravação:
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