Um dos pilares do Brincar de Rua é pensar na criança enquanto um ser capaz. Mas, sobrecarregadas entre agendas escolares e atividades extracurriculares… haverá espaço para serem elas próprias, com respostas não padronizadas e tempo para acreditar que realmente é capaz?
Uma seminário inspirador destinado à comunidade educativa da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria, sobre “criança capaz: perspetivas sobre a importância de brincar na rua para o desenvolvimento e bem-estar da criança”, com Francisco Lontro, coordenador do programa Brincar de Rua. Licenciado em Educação Especial e Reabilitação, com especialização em Psicomotricidade na área de Saúde Mental da Infância e Adolescência, Francisco Lontro considera que em vez de restringir, devemos dar espaço à criança e liberdade de autonomia.
“É óbvio que há responsabilidade da escola ao aniquilar a criatividade das crianças, mas enquanto sociedade estamos a aniquilar a construção da infância e um dos pilares do que é ser pessoa. Não estamos a fertilizar o chão da coragem das crianças, a coragem do dia-a-dia, a ousadia de enfrentar um novo desafio… Negligenciamos o corpo (as crianças são reféns de um cérebro apagado); esperamos futuros prodígios, mas esquecemo-nos que a infância é altura de abrir caminhos e explorar novos. Este é um dos grandes benefícios da ferramenta brincar (do brincar não estruturado).”
“Enquanto adultos, para lhes dar este espaço de autonomia, devemos fazer um exercício. Temos de parar – 10 segundos é o suficiente para avaliar a situação – para observar a criança e o que ela é capaz de fazer, perceber até que ponto está interessada com o que está a fazer e os riscos que possam existir”
Sessão (in)formativa: Criança capaz
Disponibilizamos aqui a gravação desta conversa, para que a possas (re)ver:
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