Depois do contexto de isolamento que vivemos, o que vai mudar nas relações de vizinhança e nas relações no bairro? Poderá surgir uma vida mais participada nas cidades e nas comunidades? Para José Carlos Mota, estamos a viver um momento de mudança – constituído por um conjunto de micro mudanças -, que nos obriga a experimentar um novo estilo de vida.
José Carlos Mota é docente da Universidade de Aveiro e diretor do Mestrado em Planeamento Regional e Urbano. Ligado a vários movimentos de vizinhança, nomeadamente ao “Vizinhos de Aveiro”, considera que vamos assistir a algumas mudanças estruturais na organização da nossa vida como a conhecemos “do ponto de vista do trabalho – na forma como vamos gerir o tempo em trabalho -, ao nível da logística urbana, dada a quantidade de serviços que surgiram em resposta à nossa incapacidade de mobilidade e ainda nas redes de vizinhança, pela enormidade de cidadãos que se mobilizaram para oferecer respostas públicas. Parece-me que vamos sair desta crise mais próximos”.
“Experimentámos novas realidades nas relações sociais e acho que irão perdurar. Há laços que se vão manter, vamos valorizar o consumo e produção local, alterar hábitos de deslocação por lazer e turismo e valorizar mais os espaços públicos e espaços verdes porque estivemos confinados e já entendemos o que é viver em prisão domiciliária”.
Depois da distância, vamos ser mais próximos?
Se não conseguiste assistir à sessão (in)formativa com José Carlos Mota, partilhamos a gravação:
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